sábado, 27 de agosto de 2016

Software educacional totalmente gratuito


GCompris é uma suite de aplicativos educacionais que compreende numerosas atividades para crianças com idade entre 2 e 10 anos.
Algumas das atividades são de orientação lúdica, mas sempre com um caráter educacional.
Abaixo você encontra uma lista de categorias, com algumas das atividades disponíveis em cada uma delas.
  • descoberta do computador: teclado, mouse, diferentes usos do mouse, ...
  • aritmética: memorização de tabelas, enumeração, tabelas de entrada dupla, imagens espelhadas, ...
  • ciências: controle do canal, ciclo da água, o submarino, simulação elétrica, ...
  • geografia: colocar os países no mapa
  • jogos: xadrez, memória, ligue 4, sudoku ...
  • leitura: prática de leitura
  • outros: aprender a identificar as horas, quebra-cabeças com pinturas famosas, desenho vetorial, produção de quadrinhos, ...
Atualmente o GCompris oferece mais de 100 atividades e está em constante evolução. O GCompris é um software livre, o que significa que você pode adaptá-lo às suas necessidades, melhorá-lo e, o mais importante, compartilhá-lo com as crianças de toda a parte.



Segue link abaixo:

http://gcompris.net/index-pt_BR.html

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Ferreira Gullar lê "Poema Sujo"





Ferreira Gullar é um dos poetas mais relevantes da literatura brasileira. A sua obra ficou marcada principalmente pelas questões políticas e sociais. O posicionamento político, inclusive, fez com que Gullar fosse exilado durante o regime militar brasileiro. Antes disso, revolucionou a poesia com o neoconcretismo, teve a ajuda de Hélio Oiticica e Lígia Clark para isso.
Um dos escritos mais importantes do autor, “Poema sujo” foi criado durante o exílio na Argentina. O poema foi gravado e trazido clandestinamente para o Brasil. 
 http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/ferreira-gullar.html
vídeo: youtube

terça-feira, 14 de junho de 2016

Da TV PUC - A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS


Atrizes, professores e estudantes falam sobre
 a importância e o prazer de contar histórias.

ARTIGO: A importância da leitura dos Contos de Fadas na educação infantil



  
ARTIGO por Ana Maria da Silva  



Ler é essencial. Através da leitura, examinamos os nossos próprios valores e conhecimentos com os dos outros. Tal como as pessoas, os livros podem ser surpreendentes, formar e informar leitores, nos transportar para outros mundos possíveis e fazer de nós, indivíduos aprendizes e mestres. 

Escutar histórias é o início da aprendizagem para ser um bom leitor, tendo um caminho absolutamente infinito de descobertas e de compreensão do mundo.Os contos de fadas conseguem deixar fluir o imaginário e levar a criança a ter curiosidade, que prontamente é respondida no transcorrer da leitura dos contos. É uma possibilidade de descobrir o mundo colossal dos conflitos, dos impasses, das soluções que todos vivem e atravessam, de um jeito ou de outro, através dos problemas que vão sendo encarados ou não, resolvidos ou não, pelas personagens de cada história. 

Dessa forma, a leitura dos contos de fadas na Educação Infantil faz-se importante na formação das crianças que através deles poderão formar-se e informar-se sobre a vida e os ambientes que as cercam. 

O presente artigo abordará a Importância da Leitura dos Contos de Fadas na Educação Infantil. Teremos como objetivo a realização de um estudo acerca da Apresentação da Leitura para as crianças da Educação Infantil e dos contos de fadas e as formas pelas quais eles cativam os menores, permitindo uma perspectiva formativa. 

Para fundamentar este artigo, utilizaremos as teorias de kleiman (2007), Martins (2004), Khéde (1986), Lajolo (2002), Machado (1994), Coutinho (1997), Abramovich (1994), Villardi (1999), entre outros. 

A Apresentação da Leitura para as Crianças da Educação Infantil 
Sabemos que o primeiro contato que a criança tem com a leitura é através da audição, alguém está lendo para ela. É por meio dessa prática que a leitura vai se apresentando para a criança. Segundo Villardi (1999, p. 11): “Há que se desenvolver o gosto pela leitura, afim de que possamos formar um leitor para toda vida”. Quando chega a escola, a criança encontrará através da leitura, um mundo mágico, habitado por seres incríveis e que chamam a atenção dela. “A leitura seria a ponte para o processo educacional eficiente, proporcionando a formação integral do indivíduo”. (MARTINS, 1994, p.25). 

Por esse motivo notamos que é função primordial da escola ensinar a ler. É função essencial da escola ampliar o domínio da leitura e orientar por meio dos professores a escolha dos materiais de leitura. Cabe formalmente a escola desenvolver as relações entre leitura e indivíduo em todas as suas interfaces. 

Na Educação Infantil a apresentação da leitura tem por obrigação de vir acompanhada de entusiasmo pelo professor, e este, deve atuar como mediador para que a leitura se desenvolva com todo vigor entre os pequenos. “Para formar leitores devemos ter paixão pela leitura”. (KLEIMAN, 2007, p. 15). 

Ao ouvir a leitura ou relato de uma história, as crianças, mesmo caladas, participam ativamente do enredo narrativo, conseguem caracterizar as personagens e comunga da linguagem em que o relato vai sendo feito. 

Em nossa prática docente, o objetivo que procuramos atingir na formação do leitor é que a criança consiga diverti-se, chorar, admirar-se, ficar extasiada diante de uma história envolvente que ouve ou realiza a leitura. 

O primeiro contato com a leitura deve ser uma fonte de entretenimento, prazer e valorização da própria leitura. Algumas crianças têm a sorte de morar num lar que a leitura faz-se presente desde berço. Outras só têm a sorte de encontrá-la ao chegar na escola. É muito importante que pais e professores valorizem e incentivem o ato de ler. É comum observarmos crianças da Educação Infantil que têm exemplos de leitores em casa, pegar um livro e começar a lê-lo sem saber ler. Segundo Lajolo (2002, p. 7): “quanto mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mas intensamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem costuma) encerrar-se nela”. O incentivo ou estímulo é a peça-chave para formar leitores. 

O tempo que o professor tem em contato com as crianças dentro da escola é muito valioso e durante esse tempo, ele deve propor situações para que estas, possam tornar-se leitores apaixonados pela leitura. 

Segundo os PCNs, 1997, p.58: “para tornar os alunos bons leitores – para desenvolver, muito mais do que a capacidade de ler, o gosto e o compromisso com a leitura – a escola terá de mobilizá-los internamente, pois aprender a ler (e também ler para aprender), requer esforço”. 

Esse esforço deve ser entendido como do professor na tentativa de fazer uma apresentação da leitura de forma cativante, despertando nas crianças curiosidades, simpatia e admiração pelo livro. Também deve ser entendido como do aluno, no sentido dele querer aprender a ler, gostar de ler e também dos incentivos dos pais que fará diferença na formação de crianças leitoras. 

De acordo com o Referencial curricular nacional para a Educação Infantil, 1998, p.135: 
O ato de ler é cultural. Quando o professor faz uma seleção prévia da história que irá contar para as crianças, independente da idade delas, dando atenção para a inteligibilidade e riqueza do texto para a beleza das ilustrações, ele permite às crianças construírem um sentimento de curiosidade pelo livro (ou revista, gibi, etc) e pela escrita. 

É interessante que os professores da Educação Infantil organizem um ambiente especial para os livros na sala de aula, criem rodas de leituras, num clima aconchegante e prepare um ambiente que entusiasme os alunos, fazendo com que eles construam uma relação prazerosa com a leitura. Os professores podem e devem ler contos de fadas para cativar as crianças. 

Contos de Fadas: Histórias que Cativam 
O texto ficcional amplia e mobiliza os limites do imaginário pessoal e coletivo. Enquanto alguém lê ou conta histórias, nós nos reportamos ao ambiente em que acontece o fato narrado e participamos do enredo. 

Dentre os inúmeros textos pertencentes ao domínio estético/artístico temos o conto. “O conto é um relato em prosa de fatos fictícios” (KAUFMAN & RODRÍGUEZ, 2005, p. 21). Este relato quando lido ou ouvido tem o poder de despertar no leitor uma gama de sentimentos indescritíveis, porque consta de três momentos perfeitamente diferenciados: O conto começa apresentando um estado de equilíbrio, dá lugar a uma série de episódios que se convertem em conflitos e culmina com a resolução destes conflitos no estágio final. 

O conto pode ser uma espécie de sonho voluntário ou qualquer história que o autor quiser chamar de conto. Nos contos vemos aflorar sutilmente uma fatia da vida real e é essa relação que o faz despertar em nós muito interesse. 

A fantasia dos contos de fadas é fundamental para o desenvolvimento da criança. Há significados mais profundos nos contos de fadas que se contam na infância do que na verdade que a vida adulta ensina. 

Nos contos surgem relatos surpreendentes de histórias simples e doces, porque contar histórias é a arte de capturar os mistérios da vida em palavras. 

Segundo Rocha, 2003, p. 4: 
A palavra conto, usada para designar uma história curta, somente ficou popular depois que os irmãos Grimm criaram uma coletânea de narrativas tradicionais chamada contos para crianças e famílias. A partir do sucesso desta obra, que foi publicada no ano de 1812, em diversos países, contos de fadas foram recolhidos e organizados para a leitura das crianças. 

São variados os motivos que nos faz prestar atenção a um bom conto e desde criança até a fase adulta todos nós nos debruçamos para ouvir um bom conto porque ele tem o poder de nos cativar. 

Contos de fadas como o próprio nome diz, são histórias que se absorve nos poderes mágicos das fadas, dos magos ou de algum outro ser dotado de poderes sobrenaturais. Machado, 1994, p. 44: enfatiza que “Fadas: são os seres que fadam, isto é, orientam ou modificam o destino das pessoas. Fada é um termo originado do latim fatum, que significa destino”. 

Os contos de fadas ou os contos maravilhosos (com ou sem fadas) têm suas origens em um passado muito longínquo. 

Khéde, 1986, p. 16, fala que: 
As origens dos contos de fadas são as mais diversas. Proveniente de contos folclóricos europeus e orientais, há neles um interessante cruzamento de princípios, entre os quais predominam os judaicos- cristãos e os da vertente mística da antiguidade greco-latina. 

Podemos observar que aqui no Brasil os nossos contos de fadas tiveram origem europeia e oriental. Citamos os contos dos irmãos Grimm e Charles Perrault, como exemplo. 

Os contos de fadas encantam, comovem e educam indiretamente. Devem estar presentes nos trabalhos escolares, principalmente na Educação Infantil. 

As histórias infantis são contos bem antigos e ainda hoje podem ser consideradas verdadeiras obras de arte, lembrando sempre que seus enredos falam de emoções comuns a todos nós, como: inveja, medo, ódio, ciúme, ambição, rejeição e decepção, que só podem ser compreendidos e vivenciados pela criança através das emoções e da fantasia. Os contos de fadas trabalham como instrumentos para a descoberta desses sentimentos dentro da criança e muitas vezes de adultos, pois são capazes de nos envolver em sua teia, de nos excitar a mente e comover-nos com a sina de suas figuras. 

Os contos de fadas podem ser lidos pelo professor e este, ter como objetivo ensinar as crianças valores como não mentir (Pinóquio), a não desobedecer à mãe (Chapeuzinho vermelho), entre outros. 

É através da leitura diária dos contos de fadas que o professor da Educação Infantil conseguirá fazer com que os pequenos absorvam a perspectiva formativa dos contos e recebam os valores morais e cristãos da vida em sociedade. 

Leitura de Contos de Fadas e Educação Infantil: uma perspectiva formativa 
Os contos de fadas exercem um grande fascínio nas crianças, são caminhos de descoberta e compreensão do mundo. Segundo Bettelheim: "O conto de fadas procede de uma maneira consoante ao caminho pelo qual uma criança pensa e experimenta o mundo; por esta razão os contos de fadas são tão convincentes para elas". 

Os contos de fadas contribuem muito na formação da personalidade, ajudam as crianças a entenderem um pouco melhor este mundo que as cercam. Se no processo de ensino se desse uma atenção especial ao emocional que existe em cada uma das crianças, este mundo seria bem melhor! 

Os contos começam de maneira simples e partem de um problema ligado à realidade como a carência afetiva de Cinderela, a pobreza de João e Maria ou o conflito entre filha e madrasta em Branca de Neve. Na busca de soluções para esses conflitos, surgem as figuras “mágicas”: fadas, anões, bruxas malvadas. E a narrativa termina com a volta à realidade, em que os heróis se casam ou retornam ao lar. 

Bettelheim, em seu livro A psicanálise dos contos de fadas (2004, p.19), diz: 
“Só partindo para o mundo é que o herói dos contos de fada (a criança) pode se encontrar; e fazendo-o, encontrará também o outro com quem será capaz de viver feliz para sempre; isto é, sem nunca mais ter de experimentar a ansiedade de separação. O conto de fadas é orientado para o futuro e guia a criança – em termos que ela pode entender tanto na sua mente inconsciente quanto consciente – a ao abandonar seus desejos de dependência infantil e conseguir uma existência mais satisfatoriamente independente”. 

A fantasia facilita a compreensão das crianças, pois se aproxima mais da maneira como veem o mundo, já que ainda são incapazes de compreender respostas realistas. Não esqueçamos que as crianças dão vida a tudo. Para elas, o sol é vivo, a lua é viva, assim como todos os outros elementos do mundo, da natureza e da vida. Acreditam em monstros, fadas, duendes e em todos os seres que os adultos inventam para elas. Se contarmos a ela que a empregada entrou voando pela janela, montada em um cavalo branco, as crianças acreditarão e serão capazes de fazer o mesmo. 

Todos nós já ficamos maravilhados em algum momento de nossa existência com um belo conto de fadas e se a apresentação foi para nós significativa, ainda hoje somos capazes de passar horas a fio ouvindo ou lendo uma boa história. “Os contos de fadas são tão ricos que têm sido fonte de estudo para psicanalistas, sociólogos, antropólogos, psicólogos, cada qual dando sua interpretação e se aprofundando no seu eixo de interesse”. (ABRAMOVICH,1994, p.121). 

É porque os contos de fadas abordam conteúdos de sabedoria popular da condição humana, é que se tornam tão importantes e se perpetuam até os dias atuais. 

Na literatura os contos de fadas, atualizam ou reinterpretam questões universais como os conflitos de poder e a formação dos valores, combinando realidade e fantasia no clima do Era uma vez... misturando criaturas sobrenaturais que chamam a nossa atenção. 

Segundo Machado, 1994, p. 43: “No espaço sobrenatural não existe tempo real, tudo acontece de repente e justamente, com total arbítrio do acaso. Os personagens existem, mas não foram criados por leis humanas. São, antes, fenômenos naturais. Por isso são seres encantados”. 

O maravilhoso continua sendo um dos elementos mais importantes nos contos de fadas. Através do prazer ou das emoções que as histórias proporcionam, os personagens agem no inconsciente da criança, atuando pouco a pouco para ajudar a resolver conflitos normais nessa etapa da vida. 

Segundo Coutinho, 1997, p. 205: “há em tudo uma ordem humana, ensinando o bem, condenando o mal, socorrendo os desgraçados, exaltando os tenazes, fortalecendo a confiança no esforço ou mesmo na própria sorte, como no caso de A gata borralheira, exemplo de fé e esperança no destino”. Através das personagens vamos educando as crianças para o que é “certo” e o que é considerado “errado” na sociedade “, vamos fazê-las refletir acerca do bem e do mal, dessa forma os livros de literatura infantil, além de ensinar o aluno a gostar de ler, presta um serviço educativo para os pequenos”. 

“É ao livro, à palavra escrita, que atribuímos a maior responsabilidade na formação da consciência de mundo das crianças e dos jovens” (COELHO, 2000). De acordo com o pensamento da autora, verificamos que desde a mais tenra idade nós vamos assimilando a ideia de mundo, seus progressos, ou seja, o caminho para o desenvolvimento é a palavra, iniciando na literatura infantil. É muito respeitável esta fase inicial, pois ela tem papel fundamental de mudança que é: a de iniciar um processo de formação de um novo leitor. 

Através da utilização dos contos, crianças aprendem sobre problemas internos dos seres humanos e sobre suas soluções e também é através deles que o legado cultural é informado às crianças, tendo uma grande contribuição para sua educação moral. 

Os contos de fadas podem ser decisivos para a formação da criança em relação a si mesma e ao mundo em sua volta. A forma de julgamento que divide as personagens em boas ou más, belas e feias, fortes ou fracas, faz com que as crianças entendam alguns valores e condutas humanas para o convívio em sociedade. 

Conclusão 
Para aproximar o aluno da leitura, faz-se necessário que o educador atribua a literatura uma finalidade prazerosa e não apenas cumprir obrigações na escola ou no trabalho, pois só assim será possível formar leitores para a vida toda. 

A iniciação da leitura na Educação Infantil pela criança é necessária e importante. Percebemos o quanto é importante o papel mediador do professor, pois será de sua responsabilidade proporcionar aos alunos espaços adequados de leitura, transformando estes espaços em situações prazerosas de aprendizagem. Os contos de fadas são primordiais para o ensino da leitura e da formação da criança, já que estes, são histórias que cativam os leitores de todas as idades. 

O maravilhoso dos contos de fadas faz com que aos poucos a magia, o fantástico, o imaginário deixem de ser vistos como pura fantasia para fazer parte da vida diária de cada um, inclusive dos adultos ao permitirem em muitos momentos se transportarem para este mundo mágico, onde a vida se torna mais leve e bem menos trabalhosa. 

Observamos que não há a necessidade de esperar pela Educação Infantil formal para que as crianças se envolvam com a leitura dos contos de fadas. Os pais podem e devem no ambiente familiar, mergulhar os pequenos, no mundo mágico da literatura infantil e assim, a criança conhecerá a realidade do mundo sem toda obscuridade nela presente, através da leitura dos contos de fadas. 

Referência ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil, Gostosuras e Bobices. São Paulo: Scipione, 1994. 
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular para a educação infantil. Brasília: 1998. 
. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa (1ª a 4ª série), Brasília, 1997. 
BETTELHEIM, Bruno. A Psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e terra, 2004. 
COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil, teoria, análise, didática. 1ª ed. – São Paulo. Moderna, 2000. 
COUTINHO, Afrânio. A Literatura no Brasil. 4. ed. ver. e atual. São Paulo: Global, 1997. 
KAUFMAN, Ana MarÍa & RODRÍGUEZ, María Elena. Escola, leitura e Produção de textos. Porto /alegre: Artes Médicas, 2005. 
KHÉDE, Sonia Salmão. Personagens da Literatura Infanto-Juvenil. São Paulo: Ática, 1986. 
KLEIMAN, Angela. Oficina de Leitura: teoria e prática. 11ª Edição, Campinas, SP: Pontes, 2007. 
LAJOLO, Marisa. Do Mundo da Leitura para a Leitura do Mundo. 6ª ed. São Paulo: Ática, 2002. 
MACHADO, Irene A. Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1994. 
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. 19, ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. 
ROCHA, Ruth. Contos para rir e sonhar. São Paulo: Salamandra, 2003. 
VILLARDI, Raquel. Ensinando a gostar de ler e formando leitores para a vida inteira. Rio de Janeiro: Qualitymark/Dunya Ed., 1999


Artigo por Ana Maria da Silva - domingo, 27 de janeiro de 2013

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO -  
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/30151/a-importancia-da-leitura-dos-contos-de-fadas-na-educacao-infantil#ixzz4Ba2t4ayh

domingo, 12 de junho de 2016

FALA E ESCRITA (PARTE 3) - ANTÔNIO MARCUSCHI - UFPE


Cell Ufpe - Luiz Antônio Marcuschi - Grande mestre linguista.

FALA E ESCRITA (PARTE 2)



Cell Ufpe - Luiz Antônio Marcuschi - Grande mestre linguista.

FALA E ESCRITA ( PARTE 1 ) Linguista da UFPE: Antônio Marcuschi


"Neste vídeo, tratamos das relações entre a fala e a escrita, a oralidade e o letramento, tal como definidos ao longo dos trabalhos.Em geral, os manuais didáticos não costumam dar muito espaço a essas questões e não as tratam com a devida atenção. Pior: quando as tratam, fazem-no de forma equivocada. A distinção entre fala e escrita vem sendo feita na maioria das vezes de maneira ingênua e numa contraposição simplista".
Cell Ufpe - Luiz Antônio Marcuschi - Grande mestre linguista.

Poema do futuro cidadão


Vim de qualquer parte
de uma Nação que ainda não existe.

Vim e estou aqui!
Não nasci apenas eu
nem tu nem outro...
mas irmão.
Mas
tenho amor para dar às mãos-cheias.
Amor do que sou
e nada mais.
E
tenho no coração
gritos que não são meus somente
porque venho dum país que ainda não existe.
Ah! Tenho meu amor à rodos para dar
do que sou.
Eu!
Homem qualquer
cidadão de uma nação que ainda não existe.
(JOSÉ CRAVEIRINHA - UM DOS MAIS BRILHANTES POETAS
 DA LÍNGUA PORTUGUESA)

CONCRETISMO


A Literatura, assim como toda a manifestação de arte, reflete o pensamento de sua época e procura trilhar novas perspectivas de olhar para o mundo, o homem, a natureza e seus conflitos. (...) No Brasil surge como literatura em 1950 e ainda hoje muito dessa arte vanguardista permanece. 
FONTE: http://not1.xpg.uol.com.br/





:::GRITO NEGRO:::


Eu sou carvão!
E tu arrancas-me brutalmente do chão
e fazes-me tua mina, patrão.
Eu sou carvão!
E tu acendes-me, patrão,
para te servir eternamente como força motriz
mas eternamente não, patrão.
Eu sou carvão
e tenho que arder sim;
queimar tudo com a força da minha combustão.
Eu sou carvão;
tenho que arder na exploração
arder até às cinzas da maldição
arder vivo como alcatrão, meu irmão,
até não ser mais a tua mina, patrão.
Eu sou carvão.
Tenho que arder
queimar tudo com o fogo da minha combustão.
Sim!
Eu sou o teu carvão, patrão.
JOSÉ CRAVEIRINHA - UM DOS MAIORES POETAS DA LÍNGUA PORTUGUESA.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O sentido do planejamento docente

Os objetivos definidos pelos educadores tem sua importância para oferecer uma direção, mas com cuidado para não engessar a prática docente.
No caso da pedagogia progressista/crítica os objetivos são pautados na pesquisa, no “por que fazer isto? E para que finalidade?” Porém, criando um clima de compartilhamento e discussão. 
Professor com viés progressista não deve ter medo de pergunta. Não porque deva saber de tudo, mas que, pelo contrário, acredita que também é um facilitador aprendiz
O processo de aprendizagem se dá horizontalmente. Há uma relação de currículo proposto e o saber real dos alunos. O objetivo maior é estimular a auto consciência, o lugar no mundo, a reflexão desarticulada das amarras capitalistas.
Já os objetivos de pedagogia liberal são presos a planos burocratizados e os objetivos específicos são mais valorizados. Neste modelo se propõe a dizer que literaturas de cordel são importantes, que devemos respeitar as diferenças, mas sem contextualização, obrigando o aluno a engolir e permanecer na ignorância. Tirando dele o direito de compreender os processos, quando, talvez, nem o professor tenha se munido desses conhecimentos em sua formação. É a ênfase no cumprimento do cronograma e nas “unidades dos livros”. 
Por defesa intuitiva o processo se dá de cima para baixo. Deve ser mais fácil assim porque fazer pensar requer pensar também.
Conheço um aluno de 8 anos que nem sabia o porquê de aprender história do Brasil. É mecânico! É desestimulante não ver sentido em ouvir o professor falar em Tratado de Tordesilhas, em monopólio e nem fazem as crianças se apropriarem desses conceitos. O que é tratado? O que é monopólio?
A escola pode ser tradicional, mas levar o SENTIDO para a vida dos alunos deveria ser prioridade.

Ai, os pais e o mundo podem cobrar dos alunos um saber, uma reflexão... Quanto, talvez, nem se aprende a aprender. E pior do que responder às cobranças é não saber seu próprio lugar no mundo.

IMAGEM:http://www.e-quipu.pe/publicacion/que-entendemos-por-innovacion-educativa-a-proposito-del-desarrollo-curricular-1448212558

segunda-feira, 25 de abril de 2016

QUE PROFESSORES QUEREMOS? - TEREMOS?


Quando o professor se respalda nas tendências liberais corre o risco de imobilizar a reflexão ao reproduzir conteúdos. Muitas vezes o professor nem se questiona sobre o motivo pelo qual o conteúdo ou determinada atividade é elaborada ou executada. O modelo mecânico do professor parece ser repetido, inconscientemente, pelos alunos. É um jogo de falta de autoconsciência e quem perde são as crianças, a sociedade, que jé vive sacrificada pela cegueira, de um lado (cidadãos dominados), e pela maldade/egoísmo de outro (dominantes).

A autoconsciência, informação contextualizada, saber ensinar e aprender, pesquisar e o porquê fazer mune a sociedade de melhores condições de articulação política e social e, confere maior protagonismo a esses indivíduos. É o que ocorre quando a prática docente é pautada na tendência progressista. É o que resta a ser feito para sairmos da crise moral, política e intelectual e educacional... Não sei se é utopia. 

É possível a educação formar atores sociais e não objetos manipulados? Tenho receio de acreditar e me decepcionar lá na frente. Mas certamente, se no futuro não colhermos a mudança de postura necessária, a culpa não vai ser da educação, mas dos gestores da educação pública e privada e também dos Semeadores de Cidadãos Conscientes, comumente desvalorizados e chamados de Guerreiros ou de Professores. O mundo evolui sem jogadores de futebol, mas não sai do lugar sem professor!

O que fazemos para ter os professores que queremos? Quando teremos os professores que o país precisa?
fonte imagem: http://www.noraldinojunior.com.br/wp-content/uploads/2015/12/escola-site.png

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Qual o papel da gramática?


Os professores de português, pelo menos há algumas décadas – parece que está mudando, não é? - ensinam a formação das palavras, a fazer análise sintática, cobram concordância... Mas não situam o que esse estudo significa. Quando eu estudei na escola, parecia um ensino mecânico, sem propósito. Como ter gosto ao ser obrigado a “aprender” algo que parece dissociado do uso? Hoje, parece até absurdo que isso fosse possível porque o ato de se comunicar é quase tão comum como o de respirar.
Segundo Martelotta (2015), Aristóteles já buscava descrever a forma pura e geral do pensamento, não se preocupando com os conteúdos por ela veiculados. E para ele, a linguagem seria uma mera representação e um mundo já pronto, um instrumento para nomear ideias existentes. De acordo com o autor esses princípios são chamados de realismo ou fundacionalismo.
Ao lado da preocupação filosófica, a gramática grega já apresentava uma preocupação normativa. Ou seja, já queria impor um padrão de língua ideal.
Na época medieval, o latim adquiriu mais prestígio por ser adotado pela igreja. Assim, a atitude normativa permanece, mas com o intuito de conservar o latim puro. E assim, a gramática latina serviu de base para várias outras línguas porque indicava status ser parecida com uma língua latina.
A visão aristotélica foi reproduzida mais tarde no século XVII, até perder a força com o surgimento dos linguísticas no século XIX.
Parece que havia um medo de se render às mudanças socioculturais. A língua é um fenômeno sociocultural. Ainda não consigo pensar que uma gramática possa ser separada disso. Mas parece que existia um sentimento de conservação a todo custo.
Será que era para não tornar a língua muito “popularesca”, já que a erudição está ligada a classes mais abastardas??
Creio então que essa primazia pela forma, pela norma, pela regra até em detrimento ao uso deve vir de razões históricas. Não que a Gramática deva ser dispensada. Todo idioma precisa de um parâmetro, de estudos que sejam catalogados – sem dúvida. Mas que essa gramática seja ligada e ensinada ao texto, ao uso. Que a gramática nos sirva, e não o contrário.

quinta-feira, 31 de março de 2016

A imagem da poesia concreta

O concretismo ensinou que o mundo pode ser representado por imagens. Neste caso, a poesia é um signo visual e verbal (as vezes sonoro). A linguagem verbal é um conjunto de signos arbitrários – sua correspondência é aprendida, não faz “sentido” sozinho - e que a escrita, então, pode ser uma forma de desenho.
Os dizeres do poema, excluindo o visual ficaria assim: “poesia absurdamente concretamente”. Mas sem o recurso visual empregado pelo autor que faz toda a diferença na interpretação.
Na poesia como imagem (ver link) ele evidencia, através da forma, as palavras “surda” e “mente”: "poesia ab surda mente concreta mente". Dando novos sentidos ao texto. A palavra “mente”, inclusive, parece adquirir o sentido de “mentir” e de “cabeça” ou “pensamento”.
É um texto literário, porque possui características de literariedade e depende da forma para cumprir seu papel. É verbal e não verbal porque se tirarmos a disposição das palavras o poema vai perder sua forma literária. Não terá o mesmo sentido proposto pela “imagem”.
Parece um jogo que precisa de treino para ser lido por pessoa com pouca habilidade de leitura.

Fonte imagem: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/ce/d0/21/ced021d68a05273f0cd8de8337c0509b.jpg

quinta-feira, 3 de março de 2016

INTERPRETAÇÃO

Interpretar 
Semântica é o estudo do significado das palavras, seus componentes, expressões e construções de frase, e as mudanças de sentido conforme o contexto.

É importante estar atento a textos que intencionalmente tiram proveito do fato de as palavras terem mais de um sentido. Figuras de palavras, principalmente metáfora e metonímia, são recursos originariamente literários que colaboram para a construção do sentido global de um texto.

É preciso atenção redobrada para os expedientes responsáveis pelos sentidos implícitos. O cartum ao lado, de Quino (Mafalda 2. São Paulo: Martins Fontes, 2002), tira proveito da polissemia de "veículo" para produzir efeito cômico e crítico. No quadrinho 1, o duplo sentido do substantivo "veículo" permite que, inicialmente, na fala do garoto, ele tenha o sentido de "mídia", recurso para transmissão da cultura. No quadrinho 3, na fala de Mafalda, a palavra é interpretada com o sentido de "meio de locomoção". Ao recomendar que a cultura dispense esse meio em favor da locomoção a pé, o texto sugere que a programação televisiva, tomada pela violência, em vez de estar a serviço da cultura, propagaria a barbárie.

matéria originalmente publicada por:
http://revistalingua.com.br/

RETRATO - CECÍLIA MEIRELES

Eu não tinha este rosto de hoje, 
assim calmo, assim triste, assim magro, 
nem estes olhos tão vazios, 
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força, 
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Tópico frasal

Em geral, o parágrafo-padrão consta de três partes, em um modelo que se assemelha à estrutura geral do texto: introdução, o desenvolvimento e a conclusão (GARCIA, 2007). A primeira parte é composta por um ou dois períodos iniciais, em que se apresenta a ideia principal (tópico frasal); a segunda é a explanação da ideia-núcleo e a terceira, que não chega a ser um item obrigatório.

Os 5 tipos mais comuns de Tópico frasal - e alguns exemplos:

1 – Declaração inicial – que inicia com opinião negando ou afirmando.
Ex: Os pais deveriam se dedicar mais à educação de seus filhos e não esperar tudo da escola.

2- Definição – quando se limita um significado de um campo semântico.
Ex: As mães de primeira viagem precisam incluir em sua lista de compras as mamadeiras, as chupetas, os casaquinhos, além das fraldas.

3- Divisão – inicia dividindo assuntos que serão explicados no corpo do texto.
Ex: um professor pode optar entre fazer de conta que ensina, ou fazer a diferença na vida de jovens.

4- Interrogação – aumenta a curiosidade do leitor sobre o tema a a partir de pergunta.
Ex: Vivemos em um país realmente democrático?

5- Citação – faz referência ao pensamento de outro autor, a fato histórico ou mesmo a lendas e ditados populares.
Ex: Dizia Chico Xavier “Não há problema que não possa ser solucionado pela paciência”.

Os tipos de parágrafos precisam acompanhar o tipo de texto já que ele marca o intervalo de ideias. Oralmente sua marcação é feita por uma pausa, e na escrita é aquele espaço em branco no início de uma linha, ou mesmo um novo "enter" sem espaço no início da nova linha.

Segundo o site Brasil Escola, o texto narrativo apresentará parágrafos que relatam uma série de ações e diálogos; no descritivo, os parágrafos estarão envoltos em adjetivos, comparações, argumentos detalhados do que está sendo descrito. Já nos textos dissertativos, os parágrafos estarão divididos, geralmente, entre o que introduz, os que desenvolvem as ideias e o que finaliza a exposição dos argumentos.

Uma ideia, um parágrafo

parágrafo é fundamental para produção de um texto. Ele se organiza a partir de uma ou mais sentenças que servem de tópicos frasais. Cada parágrafo é estruturado por uma ideia principal à qual  se ligam outras ideias secundárias.


De acordo com o professor Chico Viana “Entre os problemas mais comuns na estruturação dos parágrafos, estão:

1 - a confusão entre parágrafo e período. Nesse caso o redator escreve uma frase e muda de linha, deixando de desenvolver o tópico frasal;

2 - a falta de articulação entre o tópico e o comentário;

3 - a redação de parágrafos longos, em que há duas ou três ideias principais;

A passagem abaixo, em que há mais de uma ideia principal, é um exemplo do terceiro caso:
Existe uma relação entre o consumismo e a baixa autoestima. Geralmente a baixa auto-estima e a depressão são curadas indo às compras, pois o objeto novo nos transmite a ideia de vida nova. O prazer que se sente ao comprar um objeto é gerado pela liberação de endorfinas, que vão atuar no nosso humor. O comércio é o setor da economia que mais cresce com o consumismo, gerando empregos e desenvolvendo a indústria de bens de consumo.”

O texto acima começa falando da relação de consumismo e baixa autoestima; depois discorre brevemente sobre o humor; por último inclui a relação do comércio com a economia etc. As ideias precisariam ser quebradas e desenvolvidas em outros parágrafos.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Por que estudar literatura?


Talvez a maioria dos jovens estude literatura para passar nas provas. Mas através do estudo das diversas escolas literárias, compreendemos o mundo que vivemos, nos tornamos mais conscientes. Não precisa se tornar um especialista. Mas parar um pouco e 
compreender que há aprendizados que levamos para toda a vida. Afinal, estamos inseridos neste universo e precisamos compreendê-lo para aproveitá-lo. E quem sabe, transformá-lo!

3 PERGUNTAS QUE DEVEM SER FEITAS AO LER UMA OBRA:

1- O que acontecia no país  no momento da publicação?
2-Como as obras foram recebidas pelas pessoas, pela crítica?
3-O que cada escola literária e seus respectivos autores representaram?

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES:

A literatura é uma expressão artística e cultural, que anda de mãos dadas com a história. Cada obra, assim como outras manifestações artísticas, não devem ser percebidas apenas de maneira isolada. Sempre DEVEMOS BUSCAR o CONTEXTO e estar atentos À INTERTEXTUALIDADE.

Se buscarmos no Google veremos como primeira definição: 

CONTEXTO:Inter-relação de circunstâncias, de outras situações que acompanham um fato ou uma situação”. 

A INTERTEXTUALIDADE...

É a influência de um texto sobre o outro. Seja uma música que esteja relacionada a um momento social, por exemplo, que nos fornece ideia de diálogo entre a música e uma obra literária.
Há compositores que fazem da música um meio de crítica social. Há artistas plásticos que buscam o mesmo.
Devemos estar atentos para perceber que as  obras podem dialogar entre si.

Cada expressão artística tem sua forma de inquietar, causar, provocar reflexão, ou simplesmente objetiva  a contemplação. Há autores, como Umberto Eco, que defende a liberdade de interpretação: depende do receptor/leitor. 

INTERTEXTUALIDADE IMPLÍCITA

Quando não há uma citação do inter-texto.

INTERTEXTUALIDADE EXPLÍCITA

Quando há citação explícita do texto a qual se refere.

Depois de ler um livro nunca mais seremos os mesmos.